Estado de Minas destaca participação da professora Carla Furtado em evento realizado no último fim de semana em BH, a convite da FIEMG, do SEBRAE e do IEL.
A felicidade no ambiente de trabalho virou um mantra entoado por boa parte das grandes companhias globais, que tentam seduzir seus talentos para evitar a rotatividade. Empresas como BASF, Grupo Boticário e Magazine Luiza adotam uma série de ações para garantir a felicidade dentro de suas organizações, como programas de terapia, educação financeira, iniciativas para fortalecer a segurança psicológica e até área de recreação para os filhos de funcionários.
Mas criar esse ambiente contagiante precisa ultrapassar as paredes do escritório e das fábricas. "É preciso entender quais são as vulnerabilidades e o sofrimento de cada um do lado de fora da empresa", afirma a diretora do Instituto Feliciência Carla Furtado.
Um levantamento mundial, com participação do Brasil, revelou que 71% dos entrevistados se diziam felizes em relação à vida, mas apenas 46% estavam satisfeitos com o trabalho. A pesquisa foi divulgada em dezembro do ano passado, pela Woohoo Unlimited, maior certificadora internacional de chefe de felicidade.
Entre os principais pontos do estudo, um deles chamou atenção para ferramentas utilizadas pelas empresas para fomentar o bem-estar, felicidade e saúde mental. Segundo Carla, os recursos financeiros ofertados pelas instituições não são suficientes para garantir um ambiente seguro e auxiliar na qualidade de vida do trabalhador. A rede de apoio deve começar na alta gestão, ressalta, acrescentando que um chefe adoecido e sobrecarregado resulta em uma equipe em estado de sofrimento.
"Não é completo um programa que centre no indivíduo dentro da organização toda a responsabilidade", diz. Ela explica que o sofrimento do trabalhador é investigada a partir de dois fatores: a cultura da empresa e a interligação com a liderança. No caso do gestor, ele não deve ser o principal responsável da companhia, mas representa um fator de promoção da saúde.
"O líder precisa ter um comportamento orientado para a saúde. É um chefe que, em primeiro lugar, cuida da sua própria saúde, pois como ele vai reconhecer que a saúde do colaborador é importante, se a dele não é?", provoca.
Acesse Aqui a Matéria na Íntegra